quarta-feira, 20 de abril de 2011

Bem Vindo ao Site Oficial do Zeca Pagodinho


Zeca Pagodinho, batizado de Jessé Gomes da Silva Filho, nasceu no Irajá em 4 de fevereiro de 1959 e foi criado em Del Castilho. Filho de Seu Jessé e Dona Irinéa, quarto de uma família de cinco crianças, desde cedo já trocava as aulas por uma boa roda-de-samba. Por isso, depois da quarta-série, não quis mais saber de escola.

Nos anos 70, o partido-alto começa a se tornar uma febre nos subúrbios do Rio. E entre um samba e outro, Zeca se virava como podia. Feirante, camelô, office-boy, contínuo e anotador de jogo do bicho. Fez de tudo. Desta época, surgiram amizades valorosas como Sérvula, Dorina, Paulão Sete Cordas, Monarco, Mauro Diniz, Almir Guineto, Bira Presidente, Beto Sem Braço e Arlindo Cruz. Freqüentava também as rodas do Cacique de Ramos.

No inicio dos anos 80, Pagodinho começa a se estabelecer como um versador de respeito. Em parceria com o flautista e partideiro Cláudio Camunguelo, teve sua primeira música gravada: "Amargura". A faixa entrou no repertório do segundo disco do grupo Fundo de Quintal, fundado em 1977 e originário do Cacique de Ramos. A aproximação com o grupo acabou levando Zeca Pagodinho para perto de Beth Carvalho. Foi ela quem gravou seu primeiro sucesso: ?Camarão que Dorme a Onda Leva", que ganhou até clipe no Fantástico. A madrinha ainda gravou "Jiló com Pimenta" (Arlindo Cruz e Zeca). Depois foi a vez de Alcione registrar "Mutirão do Amor" (Zeca, Sombrinha e Jorge Aragão) no LP "Almas e Corações", de 1983.

O pagode, então, já se preparava para estourar no Brasil. A RGE lançou a coletânea "Raça Brasileira" (1985). Entre as canções de Zeca estavam "Mal de Amor", "Garrafeiro", "A Vaca" e "Bagaço da Laranja". Foram 100 mil cópias vendidas. No ano seguinte, o sambista estreava em disco solo, "Zeca Pagodinho?. Emplacou os sucessos "Coração em Desalinho", "Quando Eu Contar (IáIá)", "Judia de Mim" e "Brincadeira tem Hora", atingindo a marca de um milhão de cópias vendidas. Pela RGE ainda gravou "Patota do Cosme" (1987). Em seguida, se mudou para a RCA (atual Sony-BMG), ao lado de Beth Carvalho, Paulinho da Viola e Martinho da Vila.

Na casa nova, ele gravou "Jeito Moleque" (1988), "Boêmio Feliz" (1989), "Mania da Gente" (1990), "Pixote" (1991), "Um dos Poetas do Samba" (1992) e "Alô, Mundo!" (1993). Em 1995, foi para a Universal, onde gravou "Samba Pras Moças" (1995) que tem em seu repertório sambas como, "Vou Botar teu Nome na Macumba" (parceria com Dudu Nobre) e "Guiomar" (de Nei Lopes). O próximo disco ?Deixa Clarear" (1996) traria alguns dos maiores sucessos da sua carreira como "Verdade", ?Conflito", "Não Sou Mais Disso" e "Jiló com Pimenta".

Ainda vieram "Hoje É Dia de Festa" (1997), "Zeca Pagodinho" (1998), "Zeca Pagodinho Ao Vivo" (1999), "Água da Minha Sede" (2000) e "Deixa a Vida Me Levar" (2002) que estabelece o artista como um dos grandes nomes da música brasileira. A música título vira o tema da Copa e o disco ganha o prêmio de ?Melhor Álbum de Samba? no Grammy de 2002.
Em 2003 lançou o ?Acústico MTV Zeca Pagodinho" (CD e DVD). O disco foi um sucesso instantâneo. Em 2005 lançou ?À Vera? e em 2006 repetiu a parceria com a MTV que, de forma inédita, resolveu repetir o projeto acústico com um mesmo artista, com ?Acústico MTV 2: Gafieira - Zeca Pagodinho?.

Em 2008, lançou ?Uma Prova de Amor?, id com 16 faixas, sendo treze inéditas e três regravações. Sob produção musical de Rildo Hora, o disco conta com participação especial de João Donato em "Sambou, Sambou", releitura de uma canção do próprio pianista, Jorge Ben Jor na emocionante ?Ogum?, na qual ele recita a oração de São Jorge, e a Velha Guarda da Portela, parceira de longa data de Zeca, no pot-pourri que reúne os sambas "Falsa Jura", "Pecadora" e "Manhã Brasileira".

Em 2010, lança seu 22º id, 'Vida da Minha Vida", dedicado a sua madrinha Beth Carvalho. Produzido por Rildo Hora, o id traz 15 faixas, incluindo inéditas, regravações de clássicos de Gilson de Souza, Nelson Sargento, Monarco, Dona Ivone Lara e Fagner, além de inéditas de Nelson Rufino, Zé Roberto e uma parceria de Zeca com Arlindo Cruz.

33 comentários:

vavania disse...

SANTA FAUSTINA KOWALSKA NO TERRÍVEL INFERNO
A Santa da Divina Misericórdia

Hoje, conduzida por um Anjo, fui levada às profundezas do Inferno um lugar de grande castigo, e como é grande a sua extensão. Tipos de tormentos que vi:

* Primeiro tormento que constitui o Inferno é a perda de Deus;

* O segundo, o contínuo remorso de consciência;

* O terceiro, o de que esse destino já não mudará nunca;

* O quarto tormento, é o fogo que atravessa a alma, mas não a destrói; é um tormento terrível, é um fogo puramente espiritual, aceso pela ira de Deus;

* O quinto é a contínua escuridão, o terrível cheiro sufocante e, embora haja escuridão, os demônios e as almas condenadas vêem-se mutuamente e vêem todo o mal dos outros e o seu;

* O sexto é a continua companhia do demônio;

* O sétimo tormento, o terrível desespero, ódio a Deus, maldições, blasfêmias.

vavania disse...

São tormentos que todos os condenados sofrem juntos. mas não é ó fim dos tormentos. Existem tormentos especiais para as almas, os tormentos dos sentidos. Cada alma é atormentada com o que pecou, de maneira horrivel e indescritível. Existem terríveis prisões subterrâneas, abismos de castigo, onde um tormento se distingue do outro. Eu teria morrido vendo esses terriveis tormentos, se não me sustentasse a onipotência de Deus.

Que o pecador saiba que será atormentado com o sentido com que pecou, por toda a eternidade.
Estou escrevendo por ordem de Deus, para que nenhuma alma se escuse dizendo que não há inferno ou que ninguém esteve lá e não sabe como é.

Eu, Irmã Faustina, por ordem de Deus, estive nos abismos para falar às almas e testemunhar que o Inferno existe. Sobre isso não posso falar agora, tenho ordem de Deus para deixar isso por escrito. Os demônios tinham grande ódio contra mim, mas, por ordem de Deus tinham que me obedecer.

O que eu escrevi dá apenas uma pálida imagem das coisas que vi. Percebi, no entanto, uma coisa: o maior número das almas que lá estão é justamente daqueles que não acreditavam que o Inferno existisse. Quando voltei a mim, não podia me refazer do terror de ver como as almas, sofrem terrivelmente ali e, por isso, rezo com mais fervor ainda pela conversão dos pecadores;

Incessantemente, peço a misericórdia de Deus para eles. "O meu Jesus, prefiro agonizar até o fim do mundo nos maiores suplícios a ter que vos ofender com o menor pecado que seja".

vavania disse...

A sensação dos tormentos do inferno é essencialmente terrível.


Ele se parece, ó alma minha, como uma noite escura sobre o cume de uma montanha alta. Lá embaixo há um vale profundo, e a terra se abre de maneira que, com o teu olhar, podes ver o inferno e sua profundidade. Ele se parece como uma prisão situada no centro da terra, muitos quilômetros abaixo, todo cheio de fogo, preso num recinto de forma tão impenetrável que, por toda a eternidade, nem se quer a fumaça pode escapar. Nesta prisão os condenados estão próximos um do outro como tijolos num forno... Imagine o calor do fogo em que são queimados.

Primeiramente, o fogo se alastra por todas as partes e tortura inteiramente o corpo e a alma. Uma pessoa condenada permanece no inferno para sempre no mesmo lugar que foi destinado pela justiça divina, sem ser capaz de mover-se, como um prisioneiro num tronco.

O fogo que o envolve totalmente, como um peixe na água, o queima em volta, à sua esquerda, à sua direita, encima e embaixo. Sua cabeça, seu peito, seus ombros, seus braços, suas mãos e seus pés estão totalmente invadidos pelo fogo, de maneira que ele, por inteiro, se assemelha a um peça de ferro incandescente e cintilante, que acaba de ser retirado do forno. O teto do recinto em que moram as pessoas condenadas é de fogo; a comida que se come é fogo; a bebida que se toma é fogo, o ar que se respira é fogo, tudo quanto se vê e se toca é fogo...

Mas este fogo não está simplesmente fora dele; além do mais ele transpassa pela pessoa condenada. Invade o seu cérebro, seus dentes, sua língua, sua garganta, seu fígado, seus pulmões, seus intestinos, seu ventre, seu coração, sua veias, seus nervos, seus ossos, inclusive a medula, bem como o sangue.

“No inferno – segundo São Gregório Magno – haverá um fogo que não pode se apagar, um verme que não morre, um cheiro insuportável, uma escuridão que pode se sentir, castigo por açoite de mãos selvagens, com todos os presentes desesperados por qualquer coisa boa.”

vavania disse...

Um dos fatos mais terríveis é que, pelo poder divino, este fogo vai tão longe como para atuar sobre as faculdades (aptidões) da alma, queimando-as e atormentando-as. Suponhamos que eu me achasse colocado no forno de um ferreiro, de modo que todo o meu corpo estivesse em pleno ar, exceto um braço que está posto no fogo, e que Deus fosse preservar a minha vida por mil anos nesta posição. Não seria isto uma tortura insuportável? Como seria então estar completamente invadido e rodeado de fogo, o qual não atinge apenas um braço, mas inclusive todas as faculdades (aptidões) da alma? (1)

(1) Para quem já teve a graça de ver, e de sentir, em sonhos o que seja este tormento infinito, este fogo que queima o espírito sem consumir, esta consciência que acusa sem cessar, que atormenta mais que mil fogos, que faz compreender a eternidade do suplício, que entende a impossibilidade de fugir dali, contra a qual não adianta lutar, esbravejar, sequer odiar, é possível afirmar que o fogo exterior, que queima o corpo é apenas uma pálida centelha daquele que inflama o espírito. De fato, a alma daria tudo para poder esquecer, fugir dos pensamentos, escapar deste tormento mental, esmagar seu cérebro, pois para ela isso significaria um alívio assombroso em seu tormento.

vavania disse...

É mais espantoso do que o homem pode imaginar.

Em segundo lugar, este fogo é muito mais espantoso do que o homem pode imaginar. O fogo natural que vemos durante esta vida tem um grande poder para queimar e atormentar. Não obstante, este não é nem sequer uma sombra do fogo do inferno. Há duas razões pelas quais o fogo do inferno é muito mais atroz, que vai além de toda comparação, do que o fogo deste mundo.

A primeira razão é a justiça de Deus, da qual o fogo do inferno e um instrumento dirigido para castigar o mal infinito causado contra a sua suprema majestade, que fora menosprezada por uma criatura. Para tanto a justiça supre este elemento com um poder tão grande que quase alcança o infinito.

A segunda razão é a malícia (perversidade) do pecado. Como Deus sabe que o fogo deste mundo não é suficiente para castigar o pecado como este merece, Ele tem dado ao fogo do inferno um poder tão grande que nunca poderá ser compreendido pela inteligência humana. Entendem agora, o quão eficazmente queima este fogo?

O fogo queima tão eficazmente, - ó minha alma! – que, de acordo com os grandes mestres da escola ascética, se uma simples faísca caísse numa pedra de moinho, esta se reduziria num instante em pó. Se caísse numa bola de bronze, esta se derreteria instantaneamente como se fosse de cera. Se caísse sobre um lago congelado, este haveria de ferver no mesmo instante.

Façamos uma breve pausa, ó alma minha, para que tu respondas a algumas perguntas que te farei. Primeiro, te pergunto: Se um forno especial fosse acesso, como usualmente se faz para atormentar os mártires, e, então, alguns homens colocassem diante de ti todo tipo de bens que o coração humano possa desejar, e garantissem a oferta de um reino próspero – se tudo isso te fosse prometido em troca de que entrasses, só por meia hora, no forno ardente, o que escolherias fazer?

vavania disse...

Nem por cem reinos!

“Ah! – dirias – “se me oferecesses cem reinos, eu nunca seria tão idiota em aceitar tais extremos tão brutais, não importa quantas coisas importantes me oferecessem, mesmo que estivesse segura de que Deus iria preservar a minha vida durante esses momentos de sofrimento.”

Em segundo lugar, eu te pergunto: Se tu já estivesses na posse de um grande reino, e estivesses nadando num mar de riqueza, de maneira que não precisarias de nada, e fosses atacada por um inimigo, feita prisioneira e acorrentada, se fosses obrigada a escolher entre perder o teu reino ou passar meia hora dentro de um forno incandescente, o que escolherias? “Ah! – dirias – prefiro passar toda a minha vida na pobreza extrema e submeter-me a qualquer injúria e infelicidade do que sofrer tão grande tormento!”

vavania disse...

Uma prisão de fogo eterno

Neste instante, dirige os teus pensamentos daquilo que é temporal para o que é eterno. Para fugir do tormento de um forno ardente, que duraria somente meia hora, tu sacrificarias qualquer propriedade, principalmente as coisas que mais te satisfazem, e estarias disposto a sofrer qualquer outro dano temporal, não importando quão trabalhoso pudesse ser. Então, por que não pensas da mesma maneira quando discutes sobre os tormentos eternos?

Deus não te ameaça com meia hora de suplício dentro do forno ardente, mas, pelo contrário, com uma prisão de fogo eterno. Para escapar dela, não deverias renunciar a tudo o que está proibido por Ele, não importando quão prazeroso possa ser, e abraçar alegremente tudo quanto Ele ordena, mesmo que fosse extremamente desagradável?

O mais espantoso do inferno é a sua duração. A pessoa condenada perde a Deus e o perde por toda a eternidade. Aliás, o que é a eternidade? Ó alma minha, até agora nenhum anjo pode compreender o que é a eternidade! Como então poderás tu compreende-la? Ainda assim, para formarmos alguma idéia sobre ela, consideremos as seguintes verdades:
A eternidade nunca termina. Esta é a verdade que tem feito tremer até os maiores santos. O juízo final virá o mundo será destruído, a terra engolirá todos os condenados, e estes serão lançados no inferno. Então, com sua mão todo-poderosa, Deus os encerrará para sempre em tão amaldiçoada prisão.

Desde então, tantos milênios se passaram como há folhas nas árvores e nas plantas de toda a terra, tantos milhares de anos, como existem gotas de água em todos os mares e rios da terra, tantos anos com existem átomos no ar, como existem grãos de areia em todas as praias de todos os mares. Logo, depois de passarem todos estes incontáveis anos, o que será a eternidade?

No entanto ela não será sequer uma centésima parte dela, ou uma milésima – nada. Então começará novamente e durará tanto como antes, novamente, assim por diante, até que haja se repetido mil vezes, e um bilhão de vezes, novamente. E logo depois de um período de tempo tão longo, nem sequer terá passado a metade, nem sequer uma centésima parte ou uma milésima parte, nem sequer uma parte da eternidade. Em todo este tempo não haverá interrupção na queima dos condenados, começando tudo novamente.

Oh! que mistério profundo! Um terror sobre todos os terrores! Oh! eternidade! Quem pode comprender-te?

Suponhamos que, no caso de maldito Caim, chorando no inferno somente derramasse a cada mil anos uma única lágrima. Agora, alma minha, guarde os teus pensamentos e leve em consideração este fato: por seis mil anos, no mínimo, Caim tem estado no inferno e tem derramado apenas seis lágrimas, que Deus milagrosamente lhe preservara.

Quantos anos levariam para que as suas lágrimas cobrissem todos os vales da terra e inundassem todas as cidades, povos e vilas e todas as montanhas até que inundasse toda a terra? Sabemos que a distância entre a terra e o sol é de trinta e quatro milhões de léguas. Quantos anos faltariam para que as lágrimas de Caim enchessem este imenso espaço? Da terra ao céu estimamos que haja uma distância de cento e sessenta milhões de léguas.

vavania disse...

As lágrimas de Caim

Oh! Deus! Que quantidade de anos teríamos que imaginar que seria necessário para encher de lágrimas este imenso espaço? E ainda assim – Oh! Verdade incompreensível! – estejam seguros disto, porque Deus não pode mentir – chegaria o tempo em que as lágrimas de Caim seriam suficientes para inundar o mundo, para alcançar inclusive o sol, para tocar o céu, e encher todo o espaço entre a terra e o mais alto do céu. Isso, porém, não é tudo.

Se Deus secasse todas estas lágrimas desde a última gota, e Caim começasse chorar outra vez, ele voltaria outra vez a encher o espaço inteiro e o inundaria mil vezes e um milhão de vezes em sucessão, ao longo de todos esses incontáveis anos, nem sequer haveria passado a metade de eternidade, nem sequer uma fração. Depois de todo esse tempo, ardendo no inferno, os sofrimentos de Caim estariam tão somente começando (2).

A eternidade, neste caso, não tem alívio. Seria de fato uma pequena consolação, de muito pouco benefício, para as pessoas condenadas, se fossem capazes de receber um breve alento a cada mil anos.

(2) Felizmente aqui, no caso de Caím, o Santo está errado, porque Caím está salvo. Dirão vocês que fiquei maluco, mas não, aos que duvidam a eternidade depois comprovará. Em verdade, Deus foi bom com Caím, porque ao marcá-lo para que ninguém o matasse, permitiu que ele passasse todo seu Purgatório de sofrimento aqui, e certamente foi um dos mais longos e dolorosos, porque naquele tempo as pessoas viviam séculos. Quem sabe, se alguém o tivesse morto antes de expiar sua falta, ele tivesse se perdido. Sim, porque o crime dele foi gravíssimo, devido ao fato de que desde menino ele via Deus e se sentava no colo Dele. Sua maior revolta contra Deus era a existência da noite, pois queria que sempre fosse dia. Por outro lado, se todos os assassinos se perdessem, o inferno estaria povoado deles. Eis porque Jesus diz: não julgueis para não serdes condenados. (Aarão)

vavania disse...

Não existe alívio

Imaginemos um lugar do inferno onde haja três malvados. O primeiro está submergido num lago de fogo sulfúrico; o segundo está preso numa grande pedra e está sendo atormentado por dois demônios, um dos quais constantemente lhe lança chumbo derretido na sua garganta, enquanto o outro lhe derrama sobre todo o seu corpo, cobrindo-lhe desde a cabeça até os pés. O terceiro réprobo está sendo torturado por duas cobras, uma das quais o envolve com seu corpo e o morde cruelmente, enquanto que outra entra no seu corpo e ataca o seu coração. Suponhamos que Deus se apiede dele e lhe conceda um curto respiro.

O primeiro homem, depois de haver passado mil anos, é removido do lago e ele recebe o conforto de tomar água fria, e, depois de passar uma hora, ele é novamente jogado no lago. O segundo, depois de mil anos de tormento, é removido de seu lugar e lhe é permitido descansar, mas logo depois de uma hora é jogando novamente no mesmo tormento. O terceiro, depois de mil anos se vê livre das cobras; porém, após uma hora de alívio, novamente é estuprado e atormentado por elas. Ah! quão limitada seria esta consolação – sofrer por mil anos para descansar somente por uma hora!(3)

Aliás, o inferno nem sequer tem esta consolação. Todos se queimam sempre nessas chamas assustadoras e nunca recebem nenhum alívio em toda a eternidade. O condenado é corroído e ferido pelo remorso, e nunca terá um descanso em toda a eternidade. Sempre sofrerá uma sede muito abrasadora e nunca receberá o frescor de um pouco de água em toda a eternidade. Sempre se contemplará detestado por Deus e nunca poderá receber a alegria de uma simples olhada de ternura de Deus por toda a eternidade. O condenado se sentirá sempre maldito pelo céu e pelo inferno, e nunca receberá um simples gesto de amizade.
É uma das desgraças essenciais do inferno que todo o tormento será sem consolo, sem remédio, sem interrupção, sem final, eterno.

(3) Vejam, se Deus depois daquele castigo de mil anos, concedesse a cada um dos condenados, almas ou demônios, esta hora de descanso, onde eles pudessem meditar e se arrepender, acreditem, nenhum dos condenados voltaria plenamente arrependido. É isso que prova a imensa perfeição da Justiça Divina (Aarão).

vavania disse...

A bondade de sua misericórdia

Agora eu compreendo em parte, ó meu Deus, o que é o inferno. É um lugar de tormentos excessivos, de desesperança extrema. É o lugar onde mereço estar por causa dos meus pecados, onde eu estaria desterrado por alguns anos, se a tua imensa misericórdia não me tivesse libertado. Repetirei mil vezes: O Coração de Jesus me tem amado, ou, do contrário, agora eu estaria no inferno! O Sangue de Jesus me tem reconciliando com o Pai Celestial, ou minha morada seria o inferno. Este é o cântico que eu quisera cantar a Ti, meu Deus, por toda a eternidade. Sim, de agora em diante, minha intenção é repetir estas palavras tantas vezes como os momentos se sucedem desde aquela maldita hora em que te ofendi pela primeira vez.

Qual tem sido a minha gratidão para com Deus pela bondosa misericórdia que Ele me tem mostrado? Ele me livrou do inferno. Oh! Imenso amor! Oh! Infinita bondade! Depois de um benefício tão grande, não deveria eu lhe dar todo o meu coração e amá-lo com o amor do mais inflamante serafim? Não deveria eu dirigir todas as minhas ações até Ele e, em cada coisa, buscar somente contentar a vontade divina, aceitando todas as contradições com alegria, de maneira que possa lhe devolver o meu amor?

Poderia fazer alguma coisa menor do que isso depois de uma bondade tão grande! Oh! Ingratidão, merecedora de outro inferno! Deixar-te-ei de lado, Deus meu! Resistirei à tua misericórdia, cometendo novos pecados e ofensas. Sei que tenho feito o mal, ó meu Deus, e me arrependo de todo o meu coração. Ah! se pudesse derramar um mar de lágrimas por tão ofensiva ingratidão! Ó Jesus, tem misericórdia de mim, visto que agora decidi melhor: sofrer mil mortes do que ofender-te novamente. (Fim)

vavania disse...

As quinze promessas dadas por Nossa Senhora para a alma que rezar o Santo Rosário:

1) A todos os que rezarem meu Rosário com devoção, prometo minha proteção especial e grandíssimas graças.

2) Aquele que perseverar na oração de meu Rosário receberá uma graça insigne.


3) O Rosário será uma defesa poderosíssima contra o inferno; destruirá os vícios, libertará do pecado, dissipará as heresias.

4) O Rosário fará florescerem as virtudes e as boas obras, e obterá para as almas a mais abundante misericórdia divina; fará que nos corações o amor ao mundo seja substituído pelo amor a Deus, elevando-os ao desejo dos bens celestes e eternos. Quantas almas se santificarão com esse meio!

5) Quem se confia a mim por meio do Rosário não perecerá.

6) Quem rezar meu Rosário com devoção, meditando seus mistérios, não será oprimido pela desgraça. Pecador, se converterá; justo, crescerá em graças e se tornará digno da vida eterna.

7) Os verdadeiros devotos de meu Rosário não morrerão sem os Sacramentos da Igreja.

8) Aqueles que rezam meu Rosário encontrarão durante sua vida e em sua morte a luz de Deus e a plenitude de suas graças, e participarão dos méritos dos bem-aventurados.

9) Libertarei muito prontamente do purgatório as almas devotadas a meu Rosário.

10) Os verdadeiros filhos de meu Rosário gozarão de uma grande glória no céu.

11) O que pedirem por meio de meu Rosário, obterão.

12) Aqueles que defenderem meu Rosário serão socorridos por mim em todas as suas necessidades.

13) Obtive de meu Filho que todos os membros da Irmandade do Rosário tenham por irmãos, durante a vida e na hora da morte, os santos do céu.

14) Aqueles que rezarem fielmente meu Rosário serão todos meus filhos amantíssimos, irmãos e irmãs de Jesus Cristo.

15) A devoção a meu Rosário é um grande sinal de predestinação.



FONTE:http://reporterdecristo.com/o-santo-rosario-melhore-sua-intimidade-co m-deus-e-nossa-senhora

vavania disse...

"The Diocese of St. Augustine has neither investigated nor approved the factual or theological content of the death experience of Father Jose Maniyangat"


Eu nasci no dia 16 de julho de 1949, no Estado de Kerala, na India. Meus pais são Joseph e Theresa Maniyangat. Eu sou o mais velho de sete filhos: Jose, Mary, Theresa, Lissama, Zachariah, Valsa e Tom.

Aos quatorze anos eu entrei no Seminário Menor de St. Mary, na cidade de Thiruvalla para iniciar meus estudos para o sacerdócio. Quatro anos depois, eu fui estudar no Seminário Pontifíco Maior de St. Joseph, na cidade de Alwaye, em Kerala, para prosseguir com a minha formação sacerdotal. Ao completar os sete anos de estudos em filosofia e teologia fui ordenado padre no dia 1˚ de janeiro de 1975 para servir como missionário na Diocese de Thiruvalla.

Em 1978, enquanto ensinava no Seminário Menor de St. Thomas, em Bathery, eu passei a ser membro ativo do Movimento da Renovação Carismática Católica e comecei a conduzir conferências e retiros carismáticos em Kerala.

No Dia da Divina Misericórdia, domingo, dia 14 de abril de 1985, eu estava indo celebrar a Missa em uma pequena Igreja no lado norte de Kerala, quando sofri um acidente fatal. Eu estava dirigindo uma motocicleta quando um jipe, dirigido por um homem embriagado vindo de um festival hindu, bateu de frente. Eu fui levado imediatamente para um hospital cerca de 35 milhas (56 km.) de distância dali. Durante o trajeto ao hospital, minha alma saiu de meu corpo e eu experimentei a morte. Imediatamente eu vi meu Anjo da Guarda. Eu vi meu corpo e as pessoas que estavam me levando para o hospital. Eu os ouvi chorando e rezando por mim. Nesse momento, meu anjo me disse: “Eu estou levando-o para o Céu. O Senhor quer vê-lo e falar contigo.” Também disse que, no caminho, ele me mostraria o inferno e o purgatório.

vavania disse...

Inferno

Primeiro, o anjo me acompanhou ao inferno. Era uma vista horrenda! Eu vi Satanás e seus demônios, um fogo que não se apagava, com calor de cerca de 2000 graus Fahrenheit (1093°Celsius), larvas se arrastando, pessoas gritando e lutando, outros sendo torturados por demônios. O anjo me disse que todo esse sofrimento era por causa de pecados mortais de pessoas que não se arrependeram. Então, eu entendi que há sete graus de sofrimento, ou níveis, de acordo com o número e tipo de pecados mortais cometidos durante a vida terrena. As almas pareciam muito feias, cruéis e horríveis. Foi uma experiência espantosa. Eu vi pessoas que eu conheci, mas não sou permitido revelar suas identidades. Os pecados que os condenaram são principalmente o aborto, homossexualismo, eutanásia, ódio, rancor e o sacrilégio. O anjo disse que se eles tivessem se arrependido, teriam evitado o inferno e ido para o purgatório. Eu também entendi que algumas pessoas que se arrependem desses pecados podem ser purificadas na terra através de seus sofrimentos. Dessa forma, eles evitam o purgatório e vão direto ao Céu.

Eu fiquei surpreso quando vi no inferno até padres e bispos, alguns dos quais eu nunca esperava vê-los lá. Muitos deles estavam lá por terem guiado erroneamente as pessoas com seus falsos ensinamentos e mau exemplo.

vavania disse...

Purgatório

Depois de ter visitado o inferno, meu Anjo da Guarda me levou ao Purgatório. Lá, também, há sete níveis de sofrimento e fogo que não se extingue. Mas é bem menos intenso que no inferno e não havia gritaria e brigas. O sofrimento principal dessas almas é a separação de Deus. Alguns desses que estão no purgatório cometeram numerosos pecados mortais, mas eles se reconciliaram com Deus antes da morte. Apesar dessas almas estarem sofrendo, eles regozijam-se da paz e sabem que um dia eles verão a face de Deus.

Eu tive a chance de comunicar-me com as almas do Purgatório. Essas almas me pediram que rezasse por elas e para dizer às pessoas para rezarem também por elas, pois assim poderão ir mais rapidamente para o Céu. Quando rezamos por essas almas, nós recebemos deles a gratidão através de suas orações e, uma vez que entram no Céu, as orações deles terão ainda mais mérito.

É difícil para mim descrever a beleza de meu Anjo da Guarda. Ele é radiante e reluzente. Ele é meu companheiro constante e me ajuda em todo o meu ministério sacerdotal, especialmente o meu ministério de cura. Eu sinto sua presença em todos os lugares que vou e sou grato pela sua proteção em minha vida diária.

vavania disse...

Céu

Depois disso, meu anjo me acompanhou para o Céu, passando através de um grande túnel branco iluminado. Eu nunca senti tanta paz e alegria em minha vida. Então, imediatamente, o Céu se abriu e eu ouvi a mais agradável música, da qual eu nunca tinha ouvido antes. Os anjos estavam cantando e louvando a Deus. Eu vi todos os santos, especialmente Nossa Senhora e São José...
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Espacojames: Os protestantes ainda dizem que Maria e os santos estão dormindo e esperam o juizo final, quanta ignorância!
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...e muitos bispos e padres que brilhavam como estrelas. E quando eu me vi diante do Senhor, Jesus me disse: “Eu quero que você volte ao mundo. Em sua segunda vida, você será um instrumento de paz e cura para meu povo. Você irá caminhar em uma terra estrangeira e você irá falar em uma língua estrangeira. Tudo será possível para você com a minha graça”. Depois dessas palavras, Nossa Senhora me disse: “Faça tudo o que Ele mandar. Eu vou ajudá-lo em seus ministérios.”

Palavras não conseguem expressar a beleza do Céu. Lá, nós encontramos tanta paz e felicidade, as quais excedem um milhão de vezes à nossa imaginação. Nosso Senhor é muito mais lindo que qualquer imagem pode transmitir. Sua face é radiante e luminosa, e mais esplêndida que o amanhecer de mil sóis. As imagens Dele que vemos no mundo são somente uma sombra de Sua magnificência. Nossa Senhora estava ao lado de Jesus; ela era tão linda e radiante. Nenhuma das imagens que vemos nesse mundo podem se comparar com a beleza verdadeira de Nossa Senhora. O Céu é nosso lar verdadeiro. Nós todos somos criados para alcançar o Céu e viver com Deus para sempre. Então, eu voltei ao mundo com meu anjo.

Enquanto meu corpo estava no hospital, o médico completou todos os exames necessários e eu fui pronunciado morto. A causa da morte foi hemorragia. Minha família foi avisada e, como estavam muito longe dali, os funcionários do hospital decidiram mover o meu corpo para o necrotério. Como o hospital não tinha ar condicionado, sabiam que o corpo poderia se decompor muito rapidamente. Quando eles estavam movendo o meu corpo falecido para o necrotério, minha alma voltou ao corpo. Eu senti uma dor excruciante por causa dos muitos ferimentos e ossos quebrados. Eu comecei a gritar. As pessoas ficaram assustadas e correram, gritando. Uma delas procurou o médico dizendo: “O corpo morto está gritando”. O médico veio examinar meu corpo e viu que estava vivo. Então ele disse: “O padre está vivo, isso é um milagre. Leve-o de volta ao hospital.”

vavania disse...

De volta ao hospital, eles me aplicaram transfusões de sangue e eu fui levado para cirurgia para reparar os ossos quebrados. Eles fizeram cirurgia em minha mandíbula, costelas, pélvis, pulsos e perna direita. Depois de dois meses, deram-me alta do hospital, mas meu ortopedista disse que eu nunca iria poder andar novamente. Então eu disse a ele: “O Senhor que me deu minha vida novamente e me enviou de volta ao mundo irá me curar”. Uma vez em casa, todos estavam orando por um milagre. Ainda assim, depois de um mês, e após retirar os gêssos, eu não conseguia me mover. Todavia, um dia enquanto eu rezava, eu senti uma dor extraordinária na área pélvica. Depois de um momento, a dor desapareceu completamente e eu ouvi uma voz dizendo: “Você está curado. Levante-se e ande.” Eu senti a paz e o poder curador em meu corpo. Eu levantei imediatamente e andei. Eu louvei e agradeci a Deus pelo milagre.

Eu dei a notícia da cura ao meu médico e ele ficou perplexo. Ele disse: “Seu Deus é o Deus verdadeiro. Eu devo seguir ao seu Deus.” O médico era hindu e ele me pediu para ensiná-lo sobre nossa Igreja. Depois de estudar a fé, eu o batizei e ele passou a ser Católico.

No dia 10 de novembro de 1986, seguindo a mensagem de meu Anjo da Guarda, eu vim para os Estados Unidos como um padre missionário. Primeiro, eu trabalhei de 1987 a 1989 na Diocese de Boise, Estado de Idaho. Então, eu passei a ser o diretor do Ministério de Prisão, na Diocese de Orlando, Estado da Flórida, de 1989 a 1992.

Em 1992, eu vim para a Diocese de St. Augustine, onde eu fui enviado primeiramente para a paróquia de St. Matthew (São Mateus), em Jacksonville, onde fiquei dois anos. Eu fui então nomeado o vigário paroquial da Igreja da Assunção de 1994 a 1999. Em 1997, eu fui nomeado membro permanente da Diocese. Desde junho de 1999, eu passei a ser o pároco de St. Mary’s Mother of Mercy (Santa Maria Mãe de Misericórdia) Catholic Church, em Macclenny, Florida. Eu também sirvo como capelão para a Florida State Prison (Prisão Estatal da Flórida), em Starke, e para a Union Correctional Institution, em Raiford, e Northeast Florida State Hospital, em MacClenny. Eu também sou o Diretor Espiritual Diocesano da Legião de Maria.

vavania disse...

No primeiro sábado de cada mês, eu celebro a Eucarístia e, após a Missa, uma oração de cura carismática em minha paróquia, St. Mary Mother of Mercy. As pessoas vêm de toda a diocese, de muitas partes da Flórida e mesmo de outros Estados. Eu tenho sido convidado a conduzir o ministério de cura em outras cidades grandes dos Estados Unidos, incluindo: Nova Iorque, Philadelphia, Washington, D.C., San Jose, Dallas, Chicago, Birmingham, Denver, Boise, Idaho Falls, Miami, Ft. Lauderdale, Poolsville; e também muitos outros países: Irlanda, Espanha, República Tcheca, Índia, França, Portugal, Iugoslávia, Itália, Canadá, México, Ilhas Cayman e Ilhas Havaianas.

Por meio desse ministério Eucarístico de cura eu tenho visto muitas pessoas serem curadas físicamente, espiritualmente, mentalmente e emocionalmente. Pessoas com diferentes tipos de enfermidades como: câncer, AIDS, artitre, problemas no coração, problemas nos olhos, enfisema, asma, dores na coluna, surdez, e muitos outros problemas têm sido curados completamente. Além disso, várias vezes ao ano, eu conduzo um serviço especial de cura entre gerações, nas quais os efeitos dos pecados de seus ancestrais são bloqueados e a pessoa recebe cura completa. A Bíblia diz que os efeitos dos pecados da família podem ser carregados por três a quatro gerações: “... e castiga a falta dos pais nos filhos e nos filhos dos seus filhos, até a terceira e quarta geração.” (Êxodo capítulo 34, versículo 7). Então, em muitos casos, precisamos de uma cura da ferida trazida de nossas gerações passadas. Os médicos e os remédios não ajudam a curar certas enfermidades causadas por nossos antepassados.

Durante o ministério de cura, muitas pessoas repousam no Espírito diante do Santíssimo Sacramento, e alguns experimentam uma renovação da alma e a cura do corpo.






Fonte: http://www.frmaniyangathealingministry.com/story_pg.html

vavania disse...

O SONHO DO INFERNO

Depois dos sonhos que eu tivera na semana passada e que foram, mais ou menos, contados nestas páginas, não tinha dúvidas de que o anjo me apareceria, novamente, para levar-me ao Inferno. Os dois primeiros passeios que ele me proporcionou, até me alegraram bastante, sobretudo o do Céu. Mas, diante de sua promessa de levar-me ao Inferno, não tive mais tranqüilidade.



Entretanto, eu deveria visitar o lugar dos réprobos na condenação eterna, para examinar de perto, os horrores sofridos pelas almas condenadas, por causa de seus pecados cometidos na Terra. Fazia muitas noites que eu dormia sobressaltado. E pensava:

Meu Deus, será hoje que o sonho acontecerá?

E rezava, rezava muito, pedindo a Deus que me dispensasse de ver o sofrimento das almas no Inferno.

E alguns dias se passaram.

Mas, quando foi esta noite, sonhei, afinal...

Sonhei que o mesmo anjo, de fisionomia alegre e tão divina, que me havia levado ao Céu, e, antes, ao Purgatório, apresentava-se diante de mim, de semblante carregado e austero. Perguntei:

Por que estás tão sério?

O Inferno é tão horrível que mesmo os anjos de Deus se transformam quando têm de ir até lá, no cumprimento de alguma missão. Eu mesmo não desejava mostrá-lo a ninguém, mas esta é a terceira vez que estou encarregado de fazer.

Ora, pensei comigo mesmo:

Se este anjo que mora no Céu e pode tudo, não deseja ir ao Inferno, quanto mais eu!

vavania disse...

E me lembro que, no sonho, me ajoelhava no chão e dizia ao anjo que eu também não queria ir, mas, se fosse da vontade de Deus, estava pronto. Apenas lhe pedia para ajudar-me a não ficar impressionado com o que tivesse de ver por lá.

Respondeu-me que Deus queria que eu observasse os horrores da condenação eterna, por causa da minha missão de Sacerdote, a fim de que pudesse pregar melhor contra o pecado.

E, dizendo-me estas palavras, segurou-me pela cintura e, de repente, encontramo-nos no espaço, voando por entre nuvens pesadas e ameaçadoras.

Tenho medo! exclamei.

E abracei-me com o meu protetor, cuja fisionomia cada vez mais se abatia. Notei, então, que, ao contrário das outras vezes, nós íamos descendo. E, aquela sensação desagradável de que ia levar uma grande queda, assustava-me a cada momento. Pensava, de instante em instante, que algum obstáculo se apresentasse diante de nós e meu coração estava tão pequeno como se fosse deixar de bater. Isso mais se acentuava quando entrávamos numa nuvem espessa, escura, aterradora. Tinha uma impressão horrível de que algo de extraordinário estava para acontecer e comecei a chorar.

O anjo abraçou-me com carinho e disse-me:

Nada temas. Estás com a minha assistência e tenho poderes de Deus para proteger-te.

E querendo distrair-me um pouco, acrescentou:

Olha para cima!

vavania disse...

Foi então que, pela primeira vez observei a Terra distanciando-se de nós, perdida no espaço, a girar, vertiginosamente. E, à proporção que descíamos, ela se tornava cada vez menor.

Um vento quente, como se viesse de um forno, começou a soprar. Tinha os lábios ressequidos, os olhos inchados e as orelhas pegando fogo. Meu Deus, que será de mim? O anjo não falava. Estava sério e preocupado, continuando a segurar-me pela cintura. Aquele seu abraço era o único alívio que eu experimentava naquelas circunstâncias. E a certeza de que haveria de proteger-me, dava-me alento para continuar aquela misteriosa viagem.

Mais uns instantes e escutei uma voz que me pareceu tão soturna, tão cavernosa, como se fosse de assombração:

Estamos chegando!

Era o anjo a anunciar que estávamos próximos do grande portão do Inferno.

Por que a tua voz está diferente? perguntei.

É pura impressão respondeu ele. No Inferno é assim, as coisas são sempre muito pavorosas...

E aquela voz, antes tão macia e delicada, agora parecia um soluço do infinito.

Ali está o grande e amplo portão do Inferno!

E o anjo apontou-me para baixo, onde podia ver uma enorme lufada de fumaça negra, deixando transparecer, pelas frestas das imensas portas, um fogo aterrador, que parecia consumir tudo lá dentro

vavania disse...

Será que o fogo está destruindo o Inferno? perguntei.

Não! respondeu o anjo. O fogo do Inferno é eterno e não se acaba nunca. Nem tão pouco consome as almas que moram lá. Elas são queimadas, mas não destruídas!

Aproximávamo-nos cada vez mais do grande portão.

Agora diminuía a velocidade de nossa descida e podíamos ver, claramente, pelos buracos e trincaduras do portão, o fogo quente e voraz da infelicidade eterna.

Chegamos.

Aqui, tudo é fácil disse o anjo. Entra-se sem nenhuma complicação, é só fazer o sinal. Aliás, nem precisa, ali já estão eles a nos esperar. Pensam que somos condenados.

Olhei para um lado e deparei-me com mais de cem demônios ¾ espetáculo horrível, que eu nem queria descrever. Eram como grandes homens, de rabos e chifres, trazendo nas mãos, uns garfos enormes, tão quentes como se fossem de ferro incandescente. Quando abriam a boca, deixavam sair chamas de fogo por entre os dentes, e os olhos eram esbugalhados, quase saindo das órbitas. Seus braços eram alongados e as mãos pareciam tenazes segurando a terrível arma.

Agarrei-me, fortemente, ao meu companheiro, sentindo a quentura de uma daquelas feias bocas abertas junto do meu rosto, enquanto uma risada infernal, histérica, como de louco, fez-se ouvir pelas quebradas do Inferno. Parecia um trovão a ribombar pela eternidade.

Que é isso? perguntei, assustadíssimo.

É o sinal que eles dão, quando chegam almas para o seu reino. Esta risada horrível é a satisfação que eles sentem no seu passageiro triunfo contra Deus.

Enquanto assim me explicava, o anjo puxou a sua espada de ouro e apontou para os demônios acocorados diante de nós, exclamando:

Vim da parte de Deus. Ide-vos embora.

vavania disse...

Ao escutarem o nome de Deus, os diabos sumiram-se, em dois tempos, com grande alarido e rinchos de revolta, deixando, cada um, após si, um rastro de fogo, dando urros que estremeciam até os portões da infernal entrada.

Agora, estamos sós. Ninguém nos incomodará. Lê aquela inscrição.

Obedecendo à indicação do meu protetor, levantei os olhos para o alto da porta do Inferno e li estas palavras:

“Ó vós que aqui entrais, deixai de fora todas as vossas esperanças, porque nunca mais saireis daqui!”

Esta legenda era escrita em letras de fogo e só em pensar no destino dos condenados ao fogo eterno, estremeci de horror.

Vamos entrar? convidou-me o anjo.

Quando olhamos para o portão, vimos que estava completamente escancarado. Lá dentro, um quadro horrível apresentou-se aos meus olhos. Eram almas envolvidas em grandes fogueiras, cujas chamas lambiam, ameaçadoramente, as paredes do tétrico cárcere do Inferno. Fui me aproximando, devagar, completamente assombrado, daqueles infelizes que esbravejavam e rugiam como feras enraivecidas. Diante do meu espanto, disse-me o anjo:

Isso aqui não é nada. Estamos no primeiro grau da condenação eterna.

E marchando, mais rapidamente, exclamou:

Vem comigo.

vavania disse...

Atravessamos um mar de fogo, onde os demônios histéricos davam risadas de loucos, abrindo aquelas enormes bocas junto de minha cara, deixando-me tremer de pavor. Um hálito quente saía de suas entranhas, vindo em borbotões de fumaça fétida, congestionar, ainda mais, os infelizes.

O anjo mostrou-me o departamento dos que ainda estavam esperando o grau de condenação que Lúcifer, o chefe do Inferno, lhes daria, dentro de poucos dias. Vi, nestas almas, a fisionomia apavorante do sofrimento. Ímpetos de revolta, num constante esbravejar de impropérios, saíam de suas bocas ardentes. Ali, ouvia-se choro e mais adiante, o desespero em uivos de rancor. Milhares de demônios luzidios, armados de aguçados garfos, empurravam estas almas para o interior de um escuro buraco, onde só havia pranto e ranger de dentes.

Fechei os olhos para não presenciar mais aquele doloroso espetáculo e fui amparado pelo meu amigo que aproximando-se de mim, confortou-me:

Deus quis que visses estas cenas, porém nada sofrerás.

Mas eu não suporto isso! exclamei.

E saímos, os dois, para um lugar mais calmo.

Quero mostrar-te os diversos castigos impostos às almas, de acordo com a qualidade dos pecados de cada criatura.

Neste momento, por nós, passaram dois diabos terríveis, dando risadas que mais pareciam ribombar de fortes trovões.

De onde vêm eles? perguntei.

Vêm da Terra. Foram buscar um moribundo que acaba de morrer. Não quis confessar-se e morreu em pecado.

E, apontando-me para a infeliz criatura, disse:

Vê quem era ele!

Quando me virei, deparei com um dos meus amigos que, realmente, estava doente na Terra. Quando me viu arregalou os olhos, rangeu os dentes e contorceu-se, convulsivamente, espojando-se no chão quente do Inferno, deixando-me a tremer de agonia e de medo.

Fiquei impressionado com a morte e a condenação do meu amigo. Se eu estivesse lá na Terra, teria conseguido confessá-lo.

Impossível! disse o anjo. Rejeitou a graça de Deus e foi desprezado aos seus próprios destinos.

vavania disse...

Chegamos, finalmente, a um lugar descampado, onde o anjo mostrou-me várias espécies de sofrimentos.

À nossa passagem, rostos contorcidos pela amargura da dor pareciam querer nos devorar com os olhos. Braços descarnados pelo fogo se estendiam em nossa direção, como a pedir socorro que não podíamos dar. Comecei, de novo, a me sentir mal naquele ambiente de sofrimento e abracei-me com o anjo, chorando, convulsivamente.

Tens medo?

Tenho, sim. Sobretudo pena destas almas. E fico a pensar por que foi que se condenaram. De quem seria a culpa? Delas próprias?

Em tua pergunta leio teu pensamento... Sei o que queres dizer!...

Sim, querido anjo. Penso na grande responsabilidade dos Sacerdotes. Muitas se perdem por nossa negligência, não é verdade?

Verdade, pois não.

No Céu, não me quiseste mostrar o lugar de glória dos padres. Será que vais mostrar-me aqui o lugar de sua condenação?

Foi a ordem que recebi de Deus. Mostrar-te-ei o lugar onde ficam as almas dos padres que não se salvaram.

À proporção que marchávamos, o espetáculo de horror ia crescendo.

Disse-me o anjo:

Lembra-te que este sofrimento aqui é eterno. No Purgatório ainda há esperança da salvação. Mas aqui, tudo termina com a entrada do condenado nesta cidade maldita.

E voltando-se, rapidamente, para mim, acrescentou:

Mas, sabes qual é o maior sofrimento do Inferno? É a ausência de Deus. É saber-se que existe uma felicidade suprema, um lugar de tranqüilidade onde todos os nossos desejos são satisfeitos, um lugar de glória, onde não há dores nem lamentos, para o qual foram todos criados, sem se poder, nunca mais, sair daqui. E o pior ainda é que as almas condenadas sabem perfeitamente que estão aqui de livre e espontânea vontade. Deixar o Céu por este sofrimento eterno!

Então, a ausência de Deus ainda é pior do que isso?

É, sim. Este sofrimento é imposto pelo próprio pecado. Lembra-te, entretanto, que o homem foi feito para Deus, pois Deus é o seu fim último. E eles não possuirão a Deus! Ficarão sempre neste eterno desejo, nesta eterna insatisfação.

Íamos caminhando.

vavania disse...

O anjo me mostrou uma grande quantidade de espinhos.

São almas explicou-me. É uma espécie de sofrimento. Queres ver?

E, aproximando-se dos galhos retorcidos no chão, apanhou um deles e partiu pelo meio.

Meu Deus, que vi?

O sangue escorrendo daquele galho partido, pingando no chão, um sangue quente, escuro, grosso, enquanto um gemido magoado e profundo parecia ser daqueles galhos recobertos de espinhos, movendo-se, misteriosamente, no chão.

Este é o sofrimento reservado às pessoas que, em vida, pecavam, humilhando e desprezando o próximo, disse o anjo.

E continuou sua apresentação, ao mesmo tempo que explicava os respectivos sofrimentos.

Vês este mar de lama?

Vejo, sim.

São almas transformadas em lama... Aqui no Inferno é assim que o pecado das baixezas, das hipocrisias e das traições é punido.

Vi, em seguida, um enorme tanque, contendo grande quantidade de chumbo derretido.

São as almas dos ambiciosos!

Mais adiante, aquele reservatório gigante de ouro incandescente:

As almas dos ricos e avarentos são castigadas aqui, sendo transformadas em ouro derretido.

vavania disse...

Agora, vamos atravessando um rio de sangue.

São as almas dos assassinos!

Até que chegamos a um lugar esquisito, onde o anjo parou, dizendo-me que eu ia ver o que jamais pensara em ver!

É o lugar do mistério disse o anjo.

Que mistério?

Um lugar misterioso, diferente dos outros, onde estão as almas prediletas de Satanás...

As almas prediletas de Satanás? Quais são elas?

Prediletas de Satanás e de Deus também...

Eu estava ofegante, com a respiração em desespero, sem saber de que se tratava. Enquanto o anjo prosseguia na sua explicação.

Estas almas são as escolhidas por Deus para um lugar de destaque no Céu. Mas Satanás, com inveja, deseja-as mais que as outras e manda legiões de demônios para a Terra procurá-las. Eles têm ordem de Lúcifer de empregar todos os meios de perdê-las.

vavania disse...

Mas, por que não me dizes de quem são estas almas?

Porque irás vê-las, dentro em pouco.

E, apontando-me para umas nuvens de fogo, mostrou-me alguns demônios que vinham em estertores medonhos, acompanhados pelas vociferações esbravejantes de uma alma que eu não podia saber quem era.

Que alma é esta? perguntei.

Pobre alma! exclamou o anjo. Alma querida de Deus, feita por Deus para salvar o mundo, para dar santos ao mundo e, agora, aqui ficará eternamente sem poder gozar da grande recompensa que Deus lhe havia reservado.

Querido anjo, dize-me, de quem se trata?

O seu lugar ficará sempre vazio no Céu. Jamais será ocupado por outra alma.

E os demônios passaram por nós, deixando-nos envolvidos na nuvem de fogo que os cercava, com sua preciosa presa.

Agora, irás saber de quem é esta alma. Eles vão abrir o cárcere destas infelizes criaturas. Ela ficará junto às outras companheiras de infortúnio eterno! Vê, estão abrindo a porta.

Meus olhos estavam pregados na grande porta, diante de nós. Meu coração pulsava tão forte, que não me sustentava em pé. Minhas pernas tremiam, eu estava tomado de grande pânico até que senti desfalecerem-me as forças. Segurei-me ao anjo, dizendo:

Vou desmaiar...

Não, disse o anjo. O poder de Deus dar-te-á força porque ainda verás outra coisa pior!

E, caído no chão quente do Inferno, aos pés do meu protetor, fui seguindo os movimentos dos demônios, abrindo aquele cárcere de mistério. Um estrondo medonho abalou toda aquela sala imensa, quando, afinal, as suas portas foram escancaradas.

vavania disse...

Neste momento, levantando-me pelo braço, disse-me o anjo:

Vês as almas que estão lá dentro!

Olhei-as! Meu Deus, que aflição, que dor tão profunda feria todo o meu ser. Não posso acreditar no que vejo!

E, fitando aqueles animais horríveis, aquelas bestas horrorosas, em contorções e espasmos horripilantes, exclamou o anjo:

Aí estão elas! São elas, as almas de todas as mães que se condenaram. As almas prediletas de Deus, as almas queridas de Deus, aquelas por quem Deus tem mais predileção. Elas, as almas das infelizes mães que não souberam ser mães, que desprezaram o grande apanágio da maternidade, que se descuidaram dos filhos, deixando que muitos se perdessem por causa de sua negligência.

Eu olhava, atônito, aquele espetáculo tenebroso, em que asquerosos demônios, ameaçadores como cães enraivecidos, atiram-se sobre aquelas almas transformadas em bichos, como a querer devorá-las, espetando-as nas pontas de seus garfos incandescentes.

Pobres mães! pensei eu. É assim que elas, as descuidadas, são condenadas pelo descaso em que viveram. As mães, as que foram elevadas à mesma dignidade de Nossa Senhora, mas não quiseram escutar a voz de Deus que as chamou para desempenhar tão alta missão.

Enquanto estava eu assim, absorto em meus pensamentos, vi outra leva de diabos que arrastavam mais uma mãe que entrava na condenação eterna. Foi então que, levantando os olhos, pude ler, no teto daquele pavoroso cárcere, as seguintes palavras, como uma saudação macabra às mães que ali se encontravam.

“Eis as nossas colaboradoras, na grande obra da perdição do mundo!”

vavania disse...

Vendo-me ler esta inscrição, atalhou o anjo.

Sim, porque se todas as mães fossem santas, piedosas e educassem, cristãmente, os seus filhos, o mundo não iria tão mal. Não haveria juventude transviada, nem veríamos na mocidade de hoje uma ameaça constante à subversão da ordem.

Quer dizer que a santidade do mundo é devida, exclusivamente, às mães? perguntei.

Exclusivamente, não respondeu o anjo.

E frisando bem as palavras, acrescentou:

Quase exclusivamente. Digo assim porque existe outra classe de pessoas a quem Deus confiou a salvação das almas e a santidade da vida.

Aos Sacerdotes? perguntei.

Sim. Deus confiou a salvação do mundo às mães e aos Sacerdotes. Por isso, reservou-lhe os melhores lugares no Céu, assim também como Lúcifer lhe reservou os maiores sofrimentos no Inferno.

E, numa pergunta que era um verdadeiro desafio a mim:

Queres ver onde estão as almas dos padres que não se salvam? Tens coragem?

Naquele momento, eu estava mudo de terror. Uma angústia esquisita apoderava-se de mim e eu sentia uma sensação de quem ia precipitar-se num abismo.

Se esta é a vontade de Deus exclamei desejo ver os meus irmãos no sacerdócio!

Pois nem é preciso sairmos daqui volveu o anjo. As mães e os padres estão num mesmo pé de igual sofrimento na eterna condenação. Vês aquela porta que está se abrindo!

Foi então que escutei o ranger dos gonzos que giravam sobre si mesmos, enquanto duas bandas de portas se abriam para dar passagem a mais um padre que ia chegando ao Inferno.

Quadro impressionante aquele que eu via neste sonho, que eu daria tudo para terminar o mais depressa possível. Via inúmeros corpos sem cabeças e sem pernas, só os troncos, movimentando-se de braços estendidos para um invisível, para algo que não estava ali.

É o desejo de possuírem Deus! explicou o anjo. Não têm pernas porque elas lhes foram dadas para que caminhassem pelo mundo, na faina gloriosa da pregação do Evangelho a todos os povos. Como empregaram suas caminhadas para o serviço do mal, aqui têm de mover-se sem pernas. E não têm cabeça, porque Deus lhes deu os olhos, os ouvidos, a boca, o nariz, o cérebro e o pensamento para serem aplicados na conquista das almas, no serviço de regeneração do mundo e na restauração do reino de Cristo. Por meio da palavra e do pensamento, os Sacerdotes deveriam santificar todos os homens. Como não realizaram esta vontade de Deus, apesar de terem sido chamados por Ele para tão nobre missão, no Inferno são punidos, separadamente: os corpos de um lado, como acabas de ver e as cabeças de outro, unidas às pernas, cousa monstruosa. Queres ver?

vavania disse...

E conduziu-me o anjo a um lugar sombrio, onde a fumaça nos trazia um cheiro aborrecido de carne humana queimada. Fomos andando. De repente, avistei horríveis monstrengos. Eram cabeças em que se viam olhos esbugalhados e bocas desmedidamente abertas, querendo pronunciar palavras que não saiam. Imediatamente, ligadas a estas cabeças, duas pernas que se movimentavam, sem saírem do lugar. E mais os demônios que se divertiam com a posição aleijada daqueles monstros, envolvidos em labaredas a devorá-los, queimá-los enquanto uns grunhidos de animais amordaçados se faziam ouvir naquela sala fétida e congestionada. Foi o lugar mais quente que encontramos no Inferno.

E pensar disse o anjo que estas almas são irmãs de Cristo, são outros Cristos. E pensar que, no Céu, as almas dos Sacerdotes são mais reverenciadas do que Nossa Senhora, a Mãe do próprio Deus. E pensar que no Céu, os Sacerdotes vivem juntos de Deus, gozando de sua mesma glória, porque a eles foi confiada a continuação da grande obra da redenção do gênero humano. Aqui estão eles, os Sacerdotes que se condenaram!...

De repente, um descomunal demônio, perto de mim, tocou uma trombeta.

Vejamos o que vai Lúcifer dizer observou o anjo. Deve ser alguma ordem que vai dar.

Ao escutarem o som daquela estridente trombeta, que retumbou em todo o Inferno, milhares de demônios ali se apresentaram, dentro de poucos instantes e, conforme predissera o meu protetor, ouvimos o demônio chefe daquele bando, dar as seguintes instruções:

Soube a potestade máxima que comanda a todos os demônios do Inferno que há, na Terra, um menino de doze anos, que será santo, se continuar no caminho em que vai. Não poderemos mais conceder nenhum triunfo desta natureza a este... (e aquele demônio não pronunciou o nome de Deus, mas todos entenderam, com um urro apavorante que rolou pelo espaço sem fim do Inferno). Temos de conquistar aquela alma continuou Satanás para nós, para Lúcifer, para nosso fogo! (Nesta hora, ouviu-se uma risada frenética, traduzindo a satisfação infernal daqueles diabos). Nosso trabalho prosseguiu o demônio será o de fazer aquele menino comprar muitas revistas maliciosas, ir a todas as sessões de cinemas, assistir a todas as novelas de televisão, ver todos os programas, arranjar amizades com elementos que já são nossos. Ele deverá desobedecer, muitas vezes, à sua mãe, fugir de casa e andar pelas ruas aprendendo o que ainda não sabe. Temos que fazer, também, um servicinho junto à sua mãe que é muito piedosa. Ela deverá arranjar festas para freqüentar, a fim de deixar o garoto mais à vontade. Temos que empregar todos os meios para que este menino se perca, pois está escrito que deverá morrer brevemente, por causa de uma operação a que se vai submeter, dentro de poucos dias. (Nova risada histérica estrondou por todo o Inferno!). Aquele menino deve perder-se disse o demônio esta será a nossa mais importante conquista. Ordeno, em nome de Lúcifer, que saiam todos vocês (e eram milhares os que ali estavam) para a Terra, imediatamente. Onde houver, naquela rua, um menino do nosso bando, procurem fazê-lo amigo do que queremos para nós, empregando para isso, todos os meios. Vejam que a melhor maneira de arrancá-lo de sua casa, será fazer com que alguém lhe dê uma bola, a fim de que ele se junte aos meninos de sua rua, que já são nossos, para jogar futebol, onde eles aprendem toda sorte de palavrões e imoralidades. Lá é que deverão ficar vocês, no meio destes meninos de rua, soltos, sem mães, isto é, cujas mães também são nossas, para que se perca esta presa do nosso inimigo comum... (Novo estrondo, com faíscas e trovões!).

vavania disse...

Neste ponto, acordei, graças a Deus.

Sentei-me, rapidamente na cama. Já era de manhãzinha, e o sol ia nascendo. Estava tonto de agonia, apavorado com o sonho, verdadeiro pesadelo. Ajoelhei-me e rezei. Rezei muito a Deus, uma oração que somente eu sei rezar, pedindo-lhe, por tudo, para livrar-me destes pesadelos.

Depois, à proporção que ia acalmando, lembrei-me que deveria rezar uma Missa e deveria ser a deste dia mesmo pela intenção daquele menino, que eu não sabia quem era, mas Deus bem o sabia. Celebraria Missa por aquela criança e pela sua mãe, pedindo a Deus que lhes dessem forças para não sucumbirem às tentações dos milhares de demônios que tinham partido do Inferno, para tentá-los aqui na Terra.

E fui celebrar a minha Missa.

Quando cheguei à sacristia, uma senhora, muito minha amiga, aproximou-se de mim e disse:

Padre, hoje é o aniversário de meu filho, Roberto, seu aluno. Vim perguntar-lhe se não seria possível o Sr. celebrar essa Missa por ele. Está precisando muito de orações. Ultimamente, tem me desobedecido várias vezes. Arranjou umas amizades em minha rua, com as quais não estou satisfeita. Inventou um futebol, na esquina, juntando-se a uma meia dúzia de garotos muitos sabidos e tenho notado grande transformação nele, nestes últimos tempos. Na semana passada, começou a sentir umas dores na perna direita. Levei-o ao médico que constatou uma hérnia, já adiantada. Tem que se operar. Vou aguardar férias, já falei com o operador. Hoje é o aniversário dele. O Sr. pode celebrar Missa em sua intenção?

E eu, olhar meditativo, vago, impressionado, abri os lábios e balbuciei:

Pois não... minha senhora... Vou celebrar por ele...

E vendo a minha confusão, minhas palavras entrecortadas, perguntou a senhora:

Padre, o Sr. está doente?

Ao que respondi:

Estou, minha senhora. Estou adoentado... Mas, fique tranqüila que rezarei Missa pelo seu filho, por meu aluno Roberto, e ele voltará a ser o que sempre foi: um filho piedoso, obediente e santo!

vavania disse...

Comentário: O Inferno

A Sagrada Escritura fala da realidade do Inferno. Nosso Senhor Jesus Cristo falou mais sobre o Inferno do que do Céu.

É dogma de fé de nossa Santa Igreja que as almas dos que morrem em estado de pecado mortal vão para o Inferno.

O Inferno é um lugar em estado de eterna desgraça em que se acham as almas dos réprobos, isto é, condenados.

A Sagrada Escritura é rica em passagem sobre o Inferno. Segundo Daniel 12, 2 os ímpios ressuscitarão para eterna vergonha e opróbrio. Leia-se ainda Judite 16, 17 e compare com Isaías 66, 24. Também trata dessa terrível verdade, o Inferno, o livro de Sabedoria 4, 19 conforme 3, 10; 6,5ss.

Nosso Senhor ameaça aos fariseus com o castigo do Inferno (Mateus 5, 22.29-30; 10, 28; 18, 9; 23, 15.33: Marcos 9, 43.45-47). Nosso Senhor afirma clara e categoricamente que o Inferno é suplício eterno, fogo eterno, fogo inextinguível. (Mateus 25, 41; 3,12; Marcos 9, 43; Mateus 13, 42.50; Mateus 25, 46). Lugar de trevas (Mateus 8, 12; 22, 13; 25, 30). Lugar de choro e ranger de dentes (Mateus 13, 42.50; 24, 51; Lucas 13, 28). São Paulo dá o seguinte testemunho: “Esses (os que não conhecem a Deus e nem obedecem ao Evangelho) serão castigados à eterna ruína, longe da face do Senhor e da glória do Seu poder (II Tessalonicenses 1, 8-9, conforme Romanos 2, 6-9; Hebreus 10, 26-31). Segundo Apocalipse 21, 8 os ímpios terão sua parte no tanque que arde com fogo e enxofre e ali serão atormentados dia e noite pelos séculos dos séculos (Apocalipse 20, 10 conforme II Pedro 2, 4-6 e Judas 7).

Dão testemunho unânime da realidade do Inferno, os Pais da Igreja (discípulos dos apóstolos e sucessores) e mencionamos apenas o santo mártir Inácio de Antioquia, segundo sucessor de São Pedro em Antioquia que assim escreveu: “Todo aquele que por sua péssima doutrina corromper a fé de Deus pela qual foi crucificado Jesus Cristo, irá para o fogo inextinguível e a todos os que lhe escutam”. Que palavras terríveis, que destino terrível, para os heréticos e apostatas que negam a doutrina católica, que deixam a verdadeira e única religião: a Católica. Que destino terrível para aqueles que, negando a única e verdadeira Igreja: a Católica, cometem a loucura de fundar uma nova “igreja” para substituir a instituída por Nosso Senhor. Santo Inácio diz: para os heréticos, apóstatas e os que a eles seguem. Procuremos ouvir os sábios conselhos de São Judas (Judas 17-24).

Não nos esqueçamos que é dogma de fé que o Inferno dura por toda a eternidade. A palavras grega aionios, que traduz “aquilo que não tem fim” referindo-se a eternidade do Inferno é a mesma empregada para falar da vida eterna (João 3, 16), para falar da eternidade de Deus (Romanos 16, 26). Intencionalmente Deus usou essa mesma palavra para falar do Inferno (Apocalipse 14, 11).

Aionios não tem duplo significado. Se ela nos revela que Deus é eterno e que a vida que recebemos, se perseverarmos na fé católica, é eterna, então deve significar que o Inferno também é eterno.

Por que existem pessoas que não crêem na existência do Inferno? A negação dessa verdade não é um problema intelectual e sim moral. Na verdade são pessoas que não querem mudar de vida. Querem viver escravizadas pelos pecados da carne e depois irem para o Céu. Já dizia Charles Baudelaire: “A mais bela astúcia do diabo está no fato de persuadir-nos de que ele, o diabo, não existe” e conseqüentemente também o Inferno não existe.

Fala-se tão pouco sobre o diabo, sobre o Inferno, sobre a morte. São os falsos profetas que têm medo de falar nessas coisas e vivem, não segundo a Palavra de Deus, mas sim com as idéias colocadas pela mentalidade dominante.

vavania disse...

Nosso Senhor, repetimos, falou mais sobre o Inferno do que sobre o Céu, a Eucaristia, a Virgem Maria, porque Ele, que é Todo Amor, quer que os homens tomem conhecimento do terrível destino em que podem cair com a sua recusa do amor de Deus e a graça salvadora que lhes é oferecida.

É bom esclarecer que as descrições que a Bíblia faz do Inferno são apenas indício e pálida sombra da realidade.

A nossa imaginação é incapaz de retratar de qualquer maneira o horror do Inferno. Toda descrição sobre o Inferno está muito longe da realidade. O Inferno é infinitamente mais terrível do que nos revela a Sagrada Escritura e nos narra o sonho de Monsenhor Eymard.

Uma boa confissão, a participação piedosa às Missas dominicais, o amor aos irmãos com as boas obras são sinais da verdadeira fé em Jesus Cristo. E é essa verdadeira fé católica que nos salva do Inferno e nos leva para o Céu. Há dois caminhos apenas que levam para a Eternidade: O Céu e o Inferno, qual deles o leitor escolhe?

Se queres o Céu, arrependa-se dos seus pecados e procure hoje mesmo um piedoso Sacerdote católico e faça uma boa confissão e nunca mais perca a Santa Missa aos domingos – Dia do Senhor.

Se o leitor se recusa a crer na realidade do Inferno, só me resta lembrar-lhe as palavras de Jesus:

“Louco, esta noite te pedirão a tua alma...” (Lucas 12, 20). Diácono Francisco Almeida Araújo





ORAÇÃO

Ó meu bom Deus! Que sois todo amor, eu vos dou graças pelo dom da fé, vos dou graças por Sua Santa Igreja, vos dou graças por ser católico, vos dou graças pela esperança do Céu, vos dou graças pela Escola de Amor que é o Purgatório para nos preparar melhor para as delícias do Céu e vos peço, tende misericórdia dos pecadores e concedei à Tua Igreja um profundo amor às almas para que testemunhem o Seu Evangelho com a palavra e a vida! Amém!


Fonte: www.universocatolico.com.br

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